jueves, 6 de diciembre de 2007

Sem Palavras


Foi a vida que me deixou sem palavras. Tive medo de continuar escrevendo e ver o mundo que eu mesma tinha criado em cada folha. A realidade mesma em que acreditava. Tive medo de concretar esse embrulho.

Talvez seja eu que estou errada, no fundo, acreditando em bobagens, tentando que as pessoas acreditem comigo, só pra elas encaixarem na realidade que eu mesma criei. Tudo pra sustentar a minha realidade, a minha verdade do meu mundinho, facilmente desmoronável.

Mas no fim, ñ é tudo subjetivo? Existe a verdadeira subjetividade? Não será então o furo da questão defender a nossa subjetividade ante qualquer objetividade que inevitavelmente vai ser sempre discerniente?

Tal vez, nem isso.,., tal vez ñ exista nem uma nem a outra. Talvez as coisas ñ sejam só verdadeiras ou falsas. E talvez, é por isso que muitas perguntas ñ tem resposta e nunca vão ter. Qualquer seria verdadeira, qualquer seria falsa, todas corretas, todas incorretas!

Cristalizo então a minha respota, além da realidade que represente. Escrevo um embrulho, a minha condena tão efimera, tão susceptivel. Graças a essa susceptibilidade é que me animo a escrever. Porque agora, cristalizar um segundo ñ é tão determinante. Tudo ocorre tão de preça, tudo muda tão rapido.

Que se desmorone a minha realidade então, os meus esquemas. Tento recuperar as minhas simples palavras, dar valor à minha subjetividade, deixar que o mundo se transforme
ao meu redor, que vire pó. Quebro as cadeias nos meus dedos, nas minhas mãos, na minha mente, e escrevo do fundo meu coração estas sinceras palavras.

 


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